Historia do Baobá

Baobás são símbolos da luta dos negros no Brasil

O baobá é muito mais do que simplesmente uma árvore de grande porte que pode atravessar um milênio e carrega consigo a força da resistência africana, a história da devoção do povo negro e o poder de transformar os preconceitos. Em Recife a árvore serviu de motivo par introduzir a discussão sobre racismo no dia a dia dos alunos e ajudou a transformar a maneira como uns enxergavam os outros. Dentre os estados do Brasil, Pernambuco é o que tem maior quantidade de baobás, estima-se pelas pesquisas desenvolvidas na Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) que são cerca de 150 árvores. O baobá é uma árvore que fascina povos de todo o mundo, mas no Brasil ela tem uma forte relação com a religiosidade do povo, sobretudo o de matriz africana.
Diz a lenda que antes de serem embarcados nos navios negreiros, os escravizados africanos, sob chibatadas eram obrigados a dar dezenas de voltas em torno de um imenso baobá, enquanto depositam suas crenças, suas origens, seu território enfim sua essência, para em seguida serem batizados com uma identidade cristã-ocidental e enviados para o cativeiro. Por isso o baobá passou a ser chamado de árvore do esquecimento, pois os escravos teriam deixando ali toda sua memória (sabedoria).


A lenda do Baobá




Pela lenda, o Baobá foi a primeira árvore que Deus criou, Ele fez o Baobá e do lado fez um lago.
Deus então criou outras árvores de outras espécies, quando o Baobá olhava este lago, que funcionava como um espelho ele olhava para as outras árvores e perguntava:
- Porque aquela árvore tem as folhas amarelas e eu não tenho?
E Deus respondia:
- Baobá, você foi o primeiro que eu fiz você é o meu mais querido, coloquei em você tudo o que eu tinha de bom, mas depois eu fui me aprimorando.
- Ah, entendi. Mas porque a outra tem flor rosa e eu não tenho – Perguntou Baobá.
Toda hora Baobá reclamava porque as outras tinham alguma coisa que ele não tinha.
Deus então foi se enfurecendo e pegou o Baobá e virou ele de cabeça para baixo. E o que ficou para cima foram as raízes e a cabeça do Baobá ficou enterrada.
As pessoas até hoje ficam em baixo da árvore de Baobá na África, elas escutam os conselhos da árvore, pois a boca do Baobá está no chão e eles conseguem conversar com essa árvore, porque ela é a árvore mais antiga e todas as histórias do mundo estão contidas no Baobá.

Quando o nosso grupo foi a Bienal da Arte no parque do Ibirapuera, uma das integrantes levou seu filho, o Vinicius. E o livro que servia de acompanhamento da obra tinha uma proposta, que fosse criado um novo final para a história do Baobá, que a criança desse um final feliz para o Baobá e o Vinicius criou esse final, olhem como ficou!!!





Curiosidades
A árvore do Baobá se originou na África, é árvore sagrada e representa também preservação. Conhecido nos meios científicos com o nome de Adansonia Digitata, o baobá, quando adulto, é considerada a árvore que tem o tronco mais grosso do mundo, chegando em alguns casos, a medir 20 metros de diâmetro. É uma das árvores mais antigas da terra.”
O Baobá pode viver até 6 mil anos e sua semente demora 10 anos para germinar.
Precisa de 100 pessoas adultas, com as mãos dadas para abraçar o Baobá.
Uma característica do Baobá é o tronco oco, no qual a planta acumula água, podendo atingir até 120.000 litros. Isso é de extrema importância para os africanos nos períodos de estiagem, e também para os viajantes que abrem um buraco no caule, bebem a água, e depois o tampam com a própria casca da árvore. Quando a água seca, o interior da planta fica oco e passa a servir como casa para os bichos e até para pessoas, conforme relatos contidos na literatura africana.

A árvore dá frutos enormes, sua polpa parece de jaca. Sua flor nasce de cabeça para baixo e se parece um sininho, é uma flor grande mas muito fedida.

Fonte: 31º Bienal da Arte em São Paulo

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